28 março 2006

Politicamente correcto.

Nas competições europeias torcer pelas equipas portuguesas rivais é tarefa reservada quase em exclusivo a políticos e a uns quantos jornalistas.
Outros ainda conseguem consolar um pouco o seu coração com a boa desculpa dos pontos, tão importantes para o coeficiente do futebol português na UEFA. Também é costume dizer: eu estou contra eles, porque ainda me lembro que no ano passado ouvi dois ou três indivíduos que estavam no café a defender a equipa estrangeira, por isso, e só por isso, desta vez também estou contra.
Ora bolas. Tirando estas classes, verdadeiros defensores da moral e bons costumes nenhum verdadeiro adepto de um clube consegue colocar de parte a rivalidade existente e retoma-la logo de seguida sem que transpareça alguma hipocrisia. É contra natura. Lá no fundo, lá no fundo...
Ainda a pouco tempo se viu e reviu na tv reportagens em Inglaterra de adeptos do Everton que estavam a favor do adversário do Liverpool na competição internacional e não se fez nenhuma interpretação anti-patriota da situação.
A única equipa unanimemente defendida por todos é o Chelsea, e por outros motivos, exceptuando os portistas, irónico.
Se a localização geográfica tem assim tanta importância, porque vemos de quatro em quatro anos esta nação valente a torcer pelo Brasil no campeonato do Mundo sem que ninguém os acuse de não europeus?
Ora existem casos, poucos, em que se apreciou a vitória de um rival, pela qualidade e justiça do resultado (recordo um 4 a 4 contra o Bayer), mas apreciar é diferente de gostar ou querer.

Hoje até podia uzar a suficiente desculpa da admiração que tenho pelo Deco. Mas não é esse o motivo, não é tão simples.
Posto isto, antes e não depois, não digo barça, porque não deixam de ser espanhóis, mas digo Ronaldinho, Eto e Messi, porque são não europeus.

"Blackout", um problema dos portistas

"É tema para um comentário inteiro, mas, assim em cima da hora, é o que se pode arranjar. Co Adriaanse falou duas vezes à Imprensa fora do âmbito dos jogos, o que levou a dita Imprensa a criticá-lo e, ainda pior, o FC Porto a justificar as atitudes do treinador num comunicado online. Ora, quaisquer que sejam as razões, um "blackout" não é uma guerra entre clubes e jornais. As dores dos jornais só existem se forem as do público. Um "blackout", neste caso particular, é o acto de roubar todos os dias um bocadinho do FC Porto a quem quer saber dele. Quem não quer saber está feliz da vida."
JOSÉ MANUEL RIBEIRO, O Jogo.

23 março 2006

Dentro ou fora?

As fotos no óculos azuis e brancos.






























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Tudo na mesma.

Ficava tudo na mesma se fosse o Moutinho a marcar o pénalti do Pepe.

Justo.


Estamos com justiça na final da taça. O melhor ataque é a defesa, foi esta a mentalidade táctica do adversário. Ora num jogo de equilibrios como este, e com esta mentalidade o máximo que os de verde tinham direito era o empate, a zero. Fiaram-se no santo milagreiro, ignorando porém que a santa do Caravagio não viajou ontem até ao Porto. As contas foram mal feitas ao não acreditarem que o “frangueiro” Baia, imagine-se, também sabe qualquer coisa no assunto. Não deviam ler tantos jornais.
Fortuitamente lá chegaram a baliza do Porto, sempre e só, por erros cometidos pelos nossos e uma ou duas bolas paradas. Curto. Os nossos sim é que jogaram contar doze, os onze defesas da equipa mais bonita, jovem, equilibrada, e contra o próprio treinador, Adriaanse. Este até começou bem a equilibrar o meio campo com a inclusão de Cech, mas arrastar os jogadores durante 110 minutos sem refrescar a equipa valeu o golo do adversário. Vislumbra-se bem a falta discernimento de chec na fífia do golo porque a condição física estava no limite. A substituição do Quaresma, essa então, é de génio. Fazer uma substituição num lance de bola parada defensiva aprende-se na escolinha, a não fazer. Correu bem, Ricardo Costa a primeira e única vez que tocou na bola foi para marcar um dos pénaltis defensivos.
A melhor oportunidade que eles tiveram foi um pénalti. Foi azar, o arbrito não marcou, mas uma oportunidade! Nós no fundo até tivemos mais azar no jogo.
Justificarem a derrota só por isto, enfim. Como se diz em caso de duvida o arbrito deve beneficiar quem ataca. Em caso de duvida no resultado do jogo quem ataca mais merece ganhar, acrescento eu. Foi o que aconteceu ganhamos e ganhamos bem.

16 março 2006

A festa.

Ganhamos na Madeira e estamos na meia final da taça. Significa que temos mais um jogo a meio da semana e mais uns quantos castigos para cumprir no campeonato. E por falar em castigos depois de ver o jogo de ontem na Luz lembrei-me logo do castigo de Adriaanse com o “it’s fault” que lhe valeu dois ou três jogos. Embora me pareça que só eu é que me lembrei, para outros, naturalmente, já caiu no esquecimento.
O resumo do nosso jogo, que quase perdi a oportunidade de ver quando fui ao W.C., soube que o Anderson foi titular pela primeira vez, que o Benny marcou dois golos, que o sofremos um golo de penalti e foi expulso o Pepe.
A festa da taça, como lhe chamam, que vale mais pela festa da bifana e do garrafão no Jamor do que pela festa competitiva. Seja como for se existe tem de ser para ganhar. Somos humildes damos importância ao campeonato e à taça.

p.s. Já foi o sorteio, calhou o projecto que já não é projecto (é um ensaio geral para o jogo da liga).

10 março 2006















Estádio do Bonfim
Vitória Setúbal vs F.C.Porto
26ª jornada
1º - 54 pontos

07 março 2006

O clone .

Descoberto pelo boloposte o clone de Mourinho. Aqui.

Nacional.

A nota mais saliente do jogo de Domingo passado foi a marcação de um golo através de bola parada por Pepe. Naturalize-se o rapaz.
O “attacking football” do treinador lá rendeu os prometidos três golos. E se o sistema táctico foi o mesmo dos jogos anteriores o desvirtuar e resultado do mesmo deveu-se em parte à inadaptação de Cech em jogar no meio e descair, seguramente mais do que lhe foi pedido, para o seu lado esquerdo.
Outra nota de não menos importância foi o golo de Mcarthy, e à segunda tentativa realce-se.
Ibson, das poucas oportunidades que vai tendo corresponde e revindicta um justo lugar. Ainda para mais com a birra do pai do Diego.
Anderson acabou por ser a estrela do dia. O que se viu não dá para avaliar nada, mas a entrada de um miúdo de 17 anos é sempre uma nota de destaque.
E por falar em miúdos dos 14 jogadores utilizados contra o Nacional 9 tem idades inferiores a 24 anos:
Pepe (23), Bosingwa (23), Cech (23), Lisandro (23), Meireles (22), Quaresma (22), Ibson (22), Ivanildo (20) e Anderson (17) . E ainda podemos incluir Lucho com 25.
A melhor escola de formação pode não ser a nossa (!?) mas os bacharelatos e doutoramentos asseguram o presente e acautelam o futuro.Outros que continuam com birra são os adeptos profissionais, enfim.

02 março 2006

Monotonia.













CLASSIFICAÇÃO DOS 3 GRANDES. (imagem aqui)

Curtas.

- O maior adversário para o F.C.P ser campeão é Co Adriaanse.
- O grave não foi perder o clássico, foi saber isso antes do jogo.
- A insistência no ridículo “blackout” é para proteger o treinador ou o presidente?
- Costinha está de férias até ao Verão.

- Scolari também.
- Os números nas camisolas da selecção continuam a ter dono, como nos clubes.
- Afinal
não fui só eu que reparei no pormenor da mais recente naturalização do futebol nacional. Ou não chocou a moral e os bons costumes porque o rapaz jogou com uma camisola da mesma cor?