10 abril 2006

Qualidade.

O jogo de Alvalade foi encarado pelo FCP como se de uma final se tratasse. Pela primeira vez esta época, e já lá vão 30 jogos, o resultado era realmente o importante. Jogar feio se necessário, defender bem, com faltas, se úteis fossem, controlar o jogo sem encarar o ataque desenfreado, controlar o jogo para controlar o resultado. O empate não era mau mas como um olho na vitória, sem riscos. Os outros é que tinham de ganhar e se o quisessem fazer arriscar, arriscaram, e de igual para igual ganhamos. O gato guloso saiu da toca e foi comido.

Adriaanse, tão criticado, aqui também, foi o grande vencedor, e Jorginho com ele. Temos de facto o melhor plantel, e a melhor equipa. Com esse orçamento e essa riqueza também nós, desculpam-se os adversários. Pois temos. Ganhamo-lo, não vendemos kits porque somos poucos, somos pequenos, regionais e humildes. Não vendemos património, ou melhor vendemos o património que importa, vendemos uma equipa campeã europeia, fizemos a travessia no deserto, longa para nós, uma ano em seco.
Resistimos a tentação de não vender o melhor jogador, e no negocio recuperar um jovem internacional. E ainda sobrou para investirmos em dois jovens ambiciosos vindos da Argentina. Fizemos as contratações milionárias do Pepe, do Helton, do Alan, do Jorginho, Paulo Assunção e o Adriano. Promovemos os consagrados Raul Meireles e Bosingwa. Juntámos a estes todos os que já lá estavam Benny e Pedro Emanuel e aqui está a melhor equipa, fácil de construir, porque estávamos ricos.
Olhamos para o banco e ainda lá temos os consagrados e milionários, Ricardo Costa, Ivanildo, Hugo Almeida, Cech, Bruno Alves, Ibson. Ainda o castigado Diego, e a incógnita Anderson.
Vendemos o património que tínhamos, ganho a jogar à bola, ganho a custa de vitórias, e investimos numa equipa jovem e ambiciosa, que nos garante o presente e nos tranquiliza o futuro.
Agora falta pouco, para ratificarmos o que merecemos e nos pertence, ser primeiros, eternamente primeiros.