O inimigo público número um.

Vivemos num país em que o inimigo público número um, e único, é Pinto da Costa. Com o Dom Quixote e Sancho Pança e uns quantos Cavaleiros da Távola Redonda, querem nos fazer acreditar que este rectângulo esquecido no cu da Europa seria algo parecido com a Suécia sem frio e neve. Uma sociedade perfeita, sem empreiteiros e autarcas corruptos. “Off-shore” era qualquer coisa parecida com um paraíso turístico, todos teríamos os impostos em dia, até aqueles que nada tem. Até na escolha de clube prevalecia o amor a camisola, imagine-se. Escarrapachava-se nas páginas dos jornais, sérios, não os outros, como hoje, sempre que algum malandro insultava alguém ou alguma coisa, e quem sabe até se condenava o malandro em “prime time” televisivo.
Tudo seria perfeito, como todos imaginamos, se esse homem que é culpado há pelo menos vinte e quatro anos não estivesse a monte, ou que o recreativo que ele preside não existisse, esses tolos que fazem dos outros incompetentes e pequeninos, isso é que era o Olimpo para a moral e ordem pública.
Bah, não, não sou ingénuo, Portista mas não ingénuo, mas não me venham com tretas que a limpeza do futebol português passa por acabar com o aconchego das camas dos árbitros e por um único homem.