19 setembro 2005

Um ponto na mão ou dois a voar.


Mesmo sem golos foi um bom jogo. Este tipo de duelo que Adriaanse faz dos jogos, ou “mata” ou “morre” não existe empate, podemos marcar mas temos quase as mesmas probabilidades de perder. Recuperação de bola pelo adversário cinco para dois, é desta, mas não, os atacantes dos outros também falham.
O Baia que se queixe, cinco avançados contra o Braga, lá! Tenho de gostar, que se danem os pontos estamos na quarta jornada.
No final sempre dá para estar satisfeito, por um lado aguentamos o empate, por outro tentámos a vitória.
Foi bom despacharmos já a deslocação a Braga, esta equipa é bem capaz de mais.
Com a equipa a ficar na clínica, só faltava ver a não surpresa Benny. E a defesa da jornada do Paulo Santos tirou o que seria a estreia em grande. Assim, só se pode dizer que esteve lá, já não foi mau. Outra das estreias foi a do quarto central da equipa, que talvez tenha subido na hierarquia. Uma ou outra falha sem gravidade, um entrada do género par ou impar que saiu bom corte, mas esteve bem Bruno Alves na generalidade. Quem se fartou de correr, como tem sido habito, foi Ibson. A certa altura nem eu, nem os comentadores, sabia se ele jogava á frente ou atrás de Lucho. E ainda pediu desculpa por ter falhado. É uma pena Lucho jogar muito atrás, embora bom, tem de jogar com alguém nas costas para ser muito bom. Não sei onde Raul Meireles vai encaixar, mas continuo a insistir na sua titularidade. Diego esteve activo na primeira parte e foi melhor marcado na segunda, continuo a achar prematura a substituição. Jorginho está a perder “gás”, ”gás” não, algum discernimento talvez. César continua incansável da frente para trás, ou vez sim vez não vem para trás, mas é igualmente notável, e ainda dá mais uma corridinha para marcar cantos do outro lado do campo. Alan é mesmo alternativa, parece que se vai embrulhar com a bola e aparece pronto a rematar. Ainda deu para ver o Ivanildo a dar uma "revienga" ao Abel. Umas palavras para Sonkaya, defender Jorge Luís e Rossato com a ajuda de Jorginho não deve ser nada fácil.
O Mister esteve bem, mais dia, menos dia tira o Baía e põe um trinco, enquanto existiram avançados sentados no banco não parou de os mandar lá para dentro. Numa espécie de táctica, com números, 3-2-5, isso mesmo. Nem no “championship manager” é possível.
Um ponto é um ponto, num estádio em que não sei quantos dos candidatos o vão conseguir. Se fosse o ano passado havia festa nos Aliados. E temos dez pontos, é melhor que menos. Para a semana é em casa com o Belém, Dragão cheio é certo, um grande jogo de certeza como nos tem acostumado Adriaanse.