25 outubro 2005

O importante é ganhar.

Acabou o futebol espectáculo. A pedido de várias famílias, onde eu me incluo, nos dois últimos jogos o resultado foi mais importante que tudo o resto. A inclusão de um trinco dá uma solidez maior á defesa. Paulo Assunção além de defender liberta Lucho para outras tarefas, continuo a recordar a pré época de Raul Meireles. No ultimo jogo Cech fez uma ou duas faltas a meio campo travando o possível contra ataque, deve ser a tal rotina de defesa.
Por outro lado e não menos importante que o equilíbrio defensivo a sorte resolveu aparecer, assim aconteceu contra o Inter e na Choupana. Existiram na mesma três ou quatro erros defensivos nestes últimos jogos, mas desta vez os adversários falharam e não foi o “cada tiro cada melro” dos jogos anteriores, senão cá estaríamos a falar do trinco, do Pepe e dos dois pontas.
Quaresma demonstra em cada jogo que é titularissimo, e se demonstra um maior pragmatismo e simplicidade no ataque é a defender que surpreende mais, os jogos que esteve no banco tiveram esse efeito. Quando Lisandro estiver recuperado o Benny vai ter de correr mais, porque Hugo Almeida parece indiscutível neste momento. Jorginho continua em estado de graça e se foi dos melhores no inicio da época a baixa de forma é evidente nos últimos jogos. Duas vitórias difíceis e importantes, e tudo se torna simples, a táctica, a defesa, o treinador, o trinco, os lenços brancos, tudo é bonito e perfeito. Mas o futebol espectáculo que acabou no final da primeira parte contra o Artemedia deixa saudades, aquela correria desenfreada para a baliza contrária trazia uma emoção diferente, mesmo com o coração nas mãos quando cabia defender. A necessária frieza dos resultados ganha naturalmente uma vez mais ao “lirismo” do futebol espectáculo, porque espectáculo no fundo é ganhar.